A dona de casa Janete Rangel, 56, convive com incontinência urinária há 18 anos. Desde então, perdeu muitos momentos importantes de sua vida: já não conseguia mais trabalhar, sair em busca de lazer ou mesmo receber visitas em casa.
“A mulher que tem incontinência urinária, que passa a usar fralda, independentemente da idade, tem uma vida limitada porque é muito incômodo, muito triste não poder trabalhar. Tem sido uma experiência horrível e meu casamento acabou”, diz ela.
O problema começou na última gestação, quando tinha 38 anos —e só agora começa a ter uma solução. Janete passou a fazer sessões de laserterapia, em maio deste ano, enquanto aguarda uma cirurgia, e notou uma leve melhora.
Agora, ela sorri e já consegue acreditar na solução do problema. Mesmo com um quadro considerado grave e que ainda exige muitos cuidados e outras intervenções, as sessões de laser devolveram a ela a sensação fisiológica de se sentir “apertada” para ir ao banheiro.
“Antes o xixi só saía, hoje eu sinto vontade”, conta.
Ela e outras mulheres fazem parte de um projeto chamado Luz na Saúde, com serviços gratuitos como consultas dermatológicas, psicoterapia, mamografia e laserterapia para mulheres com incontinência urinária na zona norte de São Paulo.
Em dezembro, até o dia 20, ocorre a 4ª edição do ano —o projeto é da SAS Brasil, em parceria com o Instituto Alok e Roche.
Além da laserterapia, Janete também buscou o apoio da psicoterapia do projeto. “Ela chegou muito fragilizada, com a autoestima rebaixada”, conta a psicoterapeuta Marluce Mata Martins, psicóloga da SAS Brasil.
“Hoje ela tem autonomia, mesmo com a incontinência urinária ainda persistindo. […] A gente vê uma nova mulher.” Marluce Mata Martins